
Tecnologia da famosa criptomeda bitcoin, o blockchain será usado para rastrear a cadeia produtiva da uva e do vinho no Rio Grande do Sul. A largada do projeto terá a parceria do Sebrae RS com três vinícolas: Miolo, Dom Cândido e Pizzato. A proposta dará visibilidade aos dados que serão inseridos em uma plataforma desde a produção rural até chegar ao consumidor, passando pela fabricação.
— Isso tudo estará desenhado nesta plataforma de blockchain, onde cada elo da cadeia econômica vai inserir suas informações para dar mais confiança aos dados. Nessa tecnologia, os dados são imutáveis, ou seja, não podem ser manipulados após inseridos - explicou o coordenador de competitividade setorial do Sebrae RS, André Bordignon, em entrevista ao podcast Nossa Economia, de GZH.

Os envolvidos entendem que esse rastreamento ajudará na indicação geográfica, registro dado a produtos característicos do seu local de origem. Segundo Bordignon, é um ponto bem demandado pela Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale), que quer uma transparência maior.
A coluna também perguntou se ajudaria a prevenir casos como os mais de 200 safristas de uva que foram resgatados de trabalho análogo à escravidão em Bento Gonçalves em 2023:
— Colabora muito para evitar este problema, pelo quais outros setores passam. Os dados de terceirização serão, no futuro, também inseridos na plataforma. A lógica é ter todos os entes da cadeia ligados e com acesso às informações, que não poderão ser alteradas.
Aliás, a ideia é, no futuro, ter uma forma de comunicar isso ao comprador final. Uma possibilidade é um QR Code específico com informações de interesse do consumidor, como histórias das famílias que produzem o vinho.
A tecnologia de blockchain para o rastreamento de alimentos já é usada em outros locais do país. Saiba mais: Amazônia 4.0: projeto prevê biofábricas de chocolate para preservar a floresta
No Spotify:
No SoundCloud:
No Apple Podcasts:
É assinante mas ainda não recebe a cartinha semanal exclusiva da Giane Guerra? Clique aqui e se inscreva.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Vitor Netto (vitor.netto@rdgaucha.com.br e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna