Mesmo com o corte anunciado pela Petrobras, o preço do diesel deve subir na virada do mês. Pelo anúncio da estatal nesta quarta-feira (22), a redução na refinaria seria replicada em uma diminuição de R$ 0,17 nas bombas. Porém, em abril, exceto ocorra adiamento, mudará a cobrança de ICMS, quando será adotado o um valor fixo nacional a ser recolhido, que supera o atual no Rio Grande do Sul em R$ 0,42. Além disso, aumentará de 10% para 12% a mistura de biodiesel no diesel, o que é mais uma pressão de alta já que o biocombustível é mais caro.
Ou seja, o impacto na inflação será sentido, salvo a Petrobras consiga fazer novas reduções. O diesel abastece o "motor da economia", que são os caminhões que transportam quase 90% das cargas no Brasil. Há pouco tempo, o diesel voltou a ficar abaixo dos R$ 6 no Rio Grande do Sul. No ano passado, após o início da guerra, os valores saltaram. Com a redução de impostos para a gasolina, este combustível passou a ficar mais barato do que o diesel. Isso, aliás, tem impactado a venda de automóveis a diesel.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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