O consumidor não tem folga. Recém está desfrutando de uma queda de cerca de R$ 0,50 no preço da gasolina com redução do etanol, na refinaria e do ICMS no Rio Grande do Sul, mas já pode se deparar com uma nova elevação. Cresce no setor a expectativa - frustrante - de que a Petrobras vá anunciar um aumento no preço do combustíveis em breve. Com alta superior a 50%, a gasolina foi a principal pressão de alta na inflação para o consumidor de Porto Alegre em 2021.
Na metade de dezembro, a Petrobras reduziu o preço da gasolina em R$ 0,10 nas refinarias. Demorou, já que o preço do petróleo vinha caindo já há alguns tempo. A estatal sempre diz evitar alterar preços em tempos de oscilação.
Agora, o preço do petróleo subiu de novo e voltou a ultrapassar US$ 80, com receio menor quanto ao impacto da Ômicron no consumo mundial e com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) mantendo para fevereiro a perspectiva de aumento de produção. Ao mesmo tempo, o dólar não cede e está ainda mais pressionado para cima após o Federal Reserve (banco central dos Estados Unidos) sinalizar de que vai aumentar o juro antes do previsto.
Com isso, há uma defasagem de R$ 0,25 na gasolina nas refinarias brasileiras em relação ao Exterior. No caso do diesel, chega a R$ 0,30. Isso sinaliza de que, sim, um reajuste pode vir a qualquer momento. No caso da gasolina, especula-se que gire me torno de R$ 0,15. Procurada pela coluna, a Petrobras afirma que não avisa com antecedência.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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