A taxa de juro foi mantida em 2% ao ano após nove cortes consecutivos, mas as portas não estão fechadas para novas reduções. Junto com a decisão, o Comitê de Política Monetária do Banco Central divulga um comunicado. No texto da noite passada, disse entender que a economia continua precisando de um estímulo monetária "extraordinariamente elevado", ou seja, juro baixo. Em seguida, ponderou que, caso ocorra, será um ajuste pequeno e dependerá da percepção da autoridade monetária sobre a trajetória fiscal, o que significa andamento das reformas.
Pesou contra um novo corte já agora o receio de avanço mais intenso na inflação, com aumento nos preços dos alimentos e também reajustes em serviços, que estavam represados pelo período mais intenso da crise. Além disso, os estímulos à economia também comprometem a situação fiscal do país, o que é bastante observado pelo Banco Central.
"Por outro lado, políticas fiscais de resposta à pandemia que piorem a trajetória fiscal do país de forma prolongada, ou frustrações em relação à continuidade das reformas, podem elevar os prêmios de risco. Adicionalmente, os diversos programas de estímulo creditício e de recomposição de renda, implementados no combate à pandemia, podem fazer com que a redução da demanda agregada seja menor do que a estimada, adicionando uma assimetria ao balanço de riscos." - diz trecho do comunicado do Banco Central.
Mas o Copom sinaliza que não vê a inflação como uma ameaça forte neste momento, já que o nível de ociosidade segue alto. Complementa que ela se concentra no setor de serviços, o que continuará segurando preços.
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Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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