Com o segundo recuo consecutivo e intensificando a queda, o Índice de Medo do Desemprego atingiu o menor patamar em cinco anos na região Sul. O indicador é calculado pela Confederação Nacional da Indústria e fechou 2019 em 43,4 pontos. Também foi o menor entre as cinco regiões do país.
O menor nível anterior tinha sido em dezembro de 2014, quando ficou 30,20 pontos. Logo depois, acompanhando o agravamento da crise econômica, o indicador deu um salto e chegou a superar 63 pontos. Quanto mais alto, maior o medo do desemprego identificado entre os entrevistados na pesquisa trimestral da CNI.
— A perspectiva de recuperação da economia se consolidou a partir do segundo semestre. Os índices de crescimento econômico começam a reagir e o mercado de trabalho também começou a apresentar melhora. Tudo isso aumentou a esperança da população em recuperar o emprego perdido e até de trocar de emprego — afirma a economista da CNI, Maria Carolina Marques, lembrando que o medo do desemprego também caiu na média nacional.
Para calcular o Índice de Medo do Desemprego, a CNI coloca três opções aos entrevistados. As pessoas apontam se têm muito, pouco ou nenhum medo de ser impactado pelo desemprego. Com as respostas, a entidade calcula o índice.
A pesquisa é feita desde 1999. O nível mais baixo foi em setembro de 2011. Naquele mês, o Índice de Medo do Desemprego caiu a 18,3 pontos.
Satisfação com a vida
Por outro lado, houve uma pequena queda no Índice de Satisfação com a Vida na região Sul. Passou de 71 para 70,4 pontos, mas ainda é o maior do país. O indicador também é divulgado pela CNI a cada trimestre. As pessoas respondem à pergunta: "Como o(a) Sr.(a) diria que se sente com relação à vida que vem levando hoje?". Podem escolher as seguintes respostas: muito satisfeito, satisfeito, insatisfeito e muito insatisfeito. Cada resposta tem um peso que é usado para calcular o índice depois.
Colunista Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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