
Uma central de triagem de resíduos de fábricas calçadistas foi desativada no Vale do Paranhana. A estrutura era mantida pelo Sindicato da Indústria de Calçados de Três Coroas, mas vinha gerando um prejuízo anual de R$ 150 mil.
O prédio tinha 1,5 mil metros quadrados e estava sendo subutilizado, segundo a entidade. Funcionava há 23 anos e chegou a zerar, em 2017, o passivo ambiental da indústria local. Recebeu 40 mil toneladas de resíduos sólidos ao longo das duas décadas de operação.

— Com a Central de Triagem, o sindicato tornou-se especialista na coleta e destino correto de resíduos. Nunca houve uma notificação. Mas novas tecnologias foram surgindo, empresas especializaram-se em diferentes processos de reaproveitamento e transformação de resíduos. Novos prestadores de serviço passaram a negociar diretamente com as indústrias e não há como competir com eles sem altos investimentos — detalha o presidente do SICTC, Joel Brando Klippel, acrescentando que o associado gastava 50 centavos mais por quilo de rejeito recolhido para usar o serviço do empreendimento.
O empresário explica que a decisão foi tomada após três meses de estudos e análises com os associados. O encerramento das atividades foi aprovado em assembleia. Quatro funcionários que atuavam no pavilhão foram demitidos e o maquinário foi vendido. Já o prédio está alugado para a indústria de calçados femininos MS, o que deve gerar uma renda de R$ 84 mil.
A partir de agora, o sindicato passa a oferecer o serviço de consultoria ambiental, o que inclui a emissão de licenças, prometendo valores 30% abaixo do mercado. Também recomenda o uso da empresa local Dirtel para triagem e destinação de rejeitos da produção.