Especializada em fundações para obras, a Serki teve o plano de recuperação judicial aprovado. A ideia da empresa agora é quitar as dívidas com fornecedores e retomar as operações no mercado de construção civil.
Segundo a empresa, foram feitos grandes investimentos na compra de novos equipamentos antes da crise. No entanto, sofreu com impacto da drástica queda no volume de obras nos últimos anos.
— Com a autorização do plano, vamos continuar contribuindo para o crescimento da economia, com a manutenção e geração de empregos — diz o sócio-fundador da Serki, Sérgio Kaminiski.
A reestruturação é conduzida pelo escritório Scalzilli Althaus, com apoio da LBC Consultoria Contábil. A advogada Gabriele Chimelo destaca que a empresa não tem dívidas trabalhistas, caso raro em situações de recuperação judicial.
— É totalmente atípico não ter endividamento trabalhista. Além disso, a Serki manteve muitos funcionários mesmo sem obras. Outro ponto positivo é que mais de 90% dos credores aprovaram o plano de recuperação judicial - acrescenta a advogada.
Atuando com projetos e execução de fundação há 40 anos, a Serki realizou mais de 4 mil obras. Entre os trabalhos, estão o novo campus da Unisinos, BarraShoppingSul, Iguatemi, Arena do Grêmio, Beira-Rio, Trensurb e Estaleiro Rio Grande.
A empresa também fazia parte do consórcio responsável pela construção da trincheira da avenida Cristóvão Colombo, em Porto Alegre. Com os atrasos da prefeitura, o grupo desistiu de concluir as obras.