Depois das graves vulnerabilidades que o relatório do Ministério da Defesa apontou no sistema eletrônico de votação (coluna de 12/11/2022), sobreveio nesta semana um segundo laudo técnico, resultante da fiscalização exercida pelo Partido Liberal no segundo turno da eleição presidencial. Elaborado por uma equipe de especialistas do Instituto Voto Legal, sob a liderança de seu presidente, Carlos Rocha, graduado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica (IITA), o relatório do PL apurou “problemas insanáveis de funcionamento” nas urnas eletrônicas mais antigas – aquelas de 2009, 2010, 2011, 2013 e 2015. Só uma geração mais moderna de urnas, a UE2020, teria funcionado conforme as estipulações técnicas estabelecidas pelo próprio TSE. E, neste grupo específico de urnas, que correspondeu a 40,82% dos equipamentos de votação utilizados, Bolsonaro foi o vencedor. Nos demais cinco grupos de urnas, em que os técnicos do ITA perceberam anomalias que tornam inviável realizar auditoria que ateste a integridade do resultado, deu Lula. Estas urnas, anteriores a 2020, representaram 59,1% das máquinas acionadas no segundo turno.
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Opinião
Uma decisão que não pacifica o país
Relatório do PL apurou “problemas insanáveis de funcionamento” nas urnas mais antigas
Eugênio Esber