
Aos 45 minutos do segundo tempo, a placa sobe à beira do gramado e o árbitro reserva sinaliza mais seis minutos de acréscimo. Era a sinalização da discórdia que viraria o motivo de discórdia na partida entre Inter e Bragantino pelo Brasileirão.
As próprias mensagens dos ouvintes durante o programa Balanço Final, da Rádio Gaúcha, evidenciaram que o tempo indicado pelo árbitro Marielson Alves Silva gerou divergência até mesmo entre os torcedores do Inter. Uma parte colocava o empate na conta do juiz. Outra dizia que isso não era motivo para sofrer o gol da forma como sofreu.
Quero apontar duas coisas sobre isso. Uma é que o tempo de acréscimo não foi absurdo. A outra é que o tempo de acréscimo não explica o mau resultado colorado.
Embora não tenha sido um jogo com interferência do VAR, o segundo tempo no Beira-Rio foi bastante truncado. Houve situações que impactaram em perda de tempo, como no atendimento médico de Lindoso e nas sete substituições realizadas. As tentativas de retardar o jogo cobram um preço no tempo extra indicado pela arbitragem.
Só que o maior problema é o seguinte. Podemos chegar à conclusão de que seis minutos possa ter sido demais. Talvez cinco minutos fosse o ideial. Mudaria dada. A jogada do gol de empate do Bragantino começa a ser construída em uma roubada de bola aos 49'20".
Os clubes precisam estar atentos que a permissão de cinco substituições a partir da pandemia impactou em um jogo maior, especialmente no segundo tempo. A média dos acréscimos cresceu. E é aquela velha frase redundante que sempre é repetida no futebol: o jogo só acaba quando termina. E isso só acontece no apito final do juiz.