
Um problema na calibragem do VAR teria sido o motivo de falha na utilização do recurso na checagem do gol marcado por Rodrigo Dourado na vitória do Inter contra o Vasco, neste domingo (14), em São Januário, pela 36ª rodada do Brasileirão. Segundo a informação da reportagem do Premiere, durante a transmissão da partida, o árbitro de vídeo não conseguiu colocar as linhas para verificar se a posição de Dourado era legal ou não.
A CBF divulgou nota dizendo que espera esclarecimentos da empresa Hawk-Eye, responsável pela operação dos equipamentos do VAR, sobre a questão técnica que prejudicou a utilização das linhas de impedimento. Apesar disso, a entidade esclareceu que o gol de Dourado foi checado pela equipe do VAR e nenhum erro claro foi constatado. A CBF também ressaltou que o protocolo foi cumprido e, por isso, a decisão do campo foi corretamente mantida.
Enquanto esse esclarecimento específico é aguardado, vale lembrar que a decisão do juiz principal é soberana, quando houver falha no uso da tecnologia ou o quando árbitro de vídeo não tiver uma imagem capaz provar que houve erro com as imagens disponíveis. Isso já acaba com qualquer possibilidade de que o pedido do Vasco de anulação da partida seja levado adiante.
Também é importante explicar o que é a calibragem do VAR. Trata-se de uma aferição feita sempre antes dos jogos, que toma como base as linhas de fundo e laterais para criar uma referência que servirá para traçar as linhas nas checagens de lances de impedimento. Esse procedimento é feito pela Hawk-Eye. Os árbitros não se envolvem com essa aferição. Por isso, se houve um erro na calibragem do VAR durante a partida, é importante que a CBF divulgue de forma transparente os esclarecimentos fornecidos por essa empresa.
A outra polêmica do jogo foi o pênalti para o Vasco, que prova o quanto a decisão do juiz principal é soberana. Flávio Rodrigues de Souza apitou a infração de Cuesta em Cano e mostrou amarelo para o defensor. Ao ser chamado no monitor, não voltou atrás e manteve a marcação com convicção.
Entendo que não houve a penalidade. O zagueiro não faz qualquer gesto faltoso. Cano é que acaba esbarrado o calcanhar na coxa do colorado e depois chuta o chão. Mesmo com o erro, o amarelo que tira Cuesta da partida contra o Flamengo não será anulado. Vale a interpretação do juiz, que considerou que houve o pênalti e também que Cuesta deveria ser punido com cartão.