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O pênalti que resultou no gol da vitória por 2 a 1 do Fluminense contra o Inter foi polêmico. Logo após a partida, válida pela terceira rodada do Brasileirão, escrevi sobre o assunto e discordei da interpretação da arbitragem, embora reconheça a alta complexidade da jogada.
Só que há um detalhe que transforma o lance discutível em um erro claro do VAR. O que aconteceu é que Zé Gabriel foi puxado acintosamente pelo adversário e sofreu falta antes da disputa de bola que gerou a penalidade marcada pelo paulista Raphael Claus.
Importante ressaltar que o erro foi do árbitro de vídeo José Cláudio Rocha Filho. Quando um recorte de uma jogada precisa ser avaliado pelo juiz principal, o VAR precisa ter checado que não houve qualquer infração de ataque anterior ao que está sendo analisado.
A transmissão da televisão mostra as imagens que o árbitro de campo está vendo no momento da revisão no monitor à beira do gramado. A falta sofrida por Zé Gabriel não apareceu em nenhum momento na tela.
Ao que tudo indica, o VAR não realizou esse procedimento de verificação de possíveis faltas de ataque e uma infração acabou passando batida.
Esse é um detalhe importante que revela a necessidade de uma atenção absoluta. A responsabilidade do VAR é gigantesca, pois ele tem as imagens à disposição para ver tudo o que acontece. O objetivo dele é chegar o mais perto do erro zero. Só que mesmo em processos tecnológicos, o fator humano sempre estará sujeito aos erros.