
Foi deprimente. A torcida não teve forças nem de se indignar. O Grêmio perdeu mais uma vez com naturalidade, dessa vez para o Flamengo, o mesmo Flamengo que vinha de derrota para o Central Córdoba, na Libertadores. Só não foi mais do que 2 a 0 por que Filipe Luís puxou o freio de mão após o segundo gol: seu time saiu jogando desde o goleiro Rossi e só parou dentro da área de Volpi.
Uma cena constrangedora, de envolvimento constrangedor por parte do Flamengo. O cenário se repete desde o Gauchão: rendimento abaixo da crítica contra adversários de Série A, e não raro diante de outros das Séries B ou C. Se permanecer nesse nível, correrá risco de rebaixamento. O Ceará, que o derrotou o Tricolor no Castelão, perdeu tranquilamente para o Juventude.
Não se nota evolução dentro de ideia de sair jogando com zagueiros e laterais, construindo na base da ligação direta para os atacantes, sem que a bola passe pelo meio campo no jogo tramado. Esse é o ponto. Quinteros parece decidido a morrer agarrado na sua ideia, independentemente das consequências.
O problema é o jeito de jogar
Pela primeira vez, Quinteros abriu mão de um ponteiro. Jogou apenas com Pavon, em nome de Cristaldo e Edenilson juntos. Só que Cristaldo atuou aberto na esquerda, tendo de lidar com Wesley. Edenilson foi o “camisa 10”, pé dentro. Como protagonista, Edenilson nunca funcionou. Ele erra no primeiro gol. Quinteros demorou 40 minutos para ver o óbvio: Pavon na esquerda, Cristaldo por dentro e Edenilson na direita, onde está mais acostumado, ao menos.
Melhorou um pouco, mas o problema é o jeito de jogar. Isso não mudou. Correndo para trás, a defesa sofre. Escolhas pessoas - Pavon, Edenilson, Camilo - não ajudam Quinteros.
O cenário é típico da troca de técnico. Só resta saber se a direção já tem um profissional na mira ou dará mais alguns jogos para Quinteros, acreditando no encaixe a a qualquer momento.
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