A contratação encaminhada do argentino Diego Churín, 30 anos, 1m87cm, que anda fazendo muitos gols no Cerro Porteño, é antes de tudo uma demonstração de força do Grêmio. Não é qualquer clube brasileiro que pode ir ao mercado investir 1,5 milhão de dólares (equivalente a R$ 8,4 milhões) em meio a uma pandemia. E para comprar 70% dos direitos econômicos do centroavante, ainda por cima.
Churín chega para ser reserva de Diego Souza, mas se mantiver a pegada do Paraguai, pode disputar posição. O nível técnico é outro no Brasil. A exigência é maior.
Caso de fato consiga seguir na mesma toada, o que não é fácil, no mínimo fará sombra grande para Diego Souza. É uma convicção gremista, já que assina contrato de três anos. Na base, o Grêmio não tem centroavantes à disposição. Pelo lado, sim. Nove de ofício, não.
Enquanto a maioria dos clubes atrasam salários e só vendem, o Grêmio consegue comprá-los. O lateral-esquerdo Diogo Barbosa custou R$ 10 milhões junto ao Palmeiras.
Tudo isso é fruto da venda regular de ativos da base em valores padrão Europa, como Everton, Tetê ou Diego Rosa, por exemplo, entre outros. Mas também, e muito, pela austeridade financeira que é uma marca da gestão de Romildo Bolzan. Ele nunca gasta mais do que arrecada ou pode, seja qual for o cenário.