
Se for mesmo verdadeira essa proposta de 25 milhões de euros do Napoli por Everton em meio à pandemia, o Grêmio tem de contratar um segurança craque só para levá-lo ao Salgado Filho e garantir que entre no avião sem falar com mais ninguém.
Com o euro lá no Morro da Borússia, o negócio seria a chancela de travessia em uma crise sem precedentes na história da humanidade. Vou além: é a garantia não de sobrevivência, mas de sobrevivência imediata, diante de um Brasileirão e uma Libertadores cada cada vez mais distantes, na esteira dos mortos da covid-19.
O Gauchão vai voltar no fim de junho, talvez julho. Os números sanitários do Rio Grande do Sul são de exceção e permitem projetar com otimismo. Mas sem as cotas de TV nacionais e continentais, além das receitas oriundas da atividade futebolística, o cenário é tenebroso.
Everton vai para os 25 anos. Já rendeu dividendos técnicos de sobra ao Grêmio. Não serão os 80 milhões de euros por 50% dos direitos, como o Grêmio sonhou quase em devaneio antes da tragédia invisível. Mas esses 25 milhões, olhando a terra arrasada pela recessão mundial, talvez signifiquem um valor até maior. Posso apostar que os outros clubes brasileiros estão morrendo de inveja do Grêmio, a se concretizar essa notícia. Que dias, senhores. Que dias.