Em 1994, 1998 e 2002, o Brasil disputou três finais. Seguidas. Eis aí um domínio inquestionável no cenário mundial. De lá para cá, teve quedas nas quartas (2006 e 2018) e na semifinal (2014).
Pode-se escolher as razões, mas a verdade é que a Seleção é coadjuvante da Europa há muito tempo. No Catar 2022, serão duas décadas sem título. Se de novo a taça não vier, repetirá o jejum do tri (1970) para o tetra (1994).
O JOGO NO LUZHNIKI
A Inglaterra, que não esperava nada de sua seleção nesta Copa, apostando suas fichas na próxima, já com a talentosa geração campeão mundial sub-20 do ano passado, treina em Zelenogorsk, cidade próxima a São Petersburgo. O técnico Gareth Southgare terá todos os titulares à disposição. Não deve ser afastar do sistema com três zagueiros e dois alas, no tradicional estilo inglês, trabalhando em função de Harry Kane. Já Zlatko Dalic tem o desfalque do lateral-direito Vrsaljko. E faz mistério: abrirá mão do atacante Perisic em nome de um volante, jogando só com Mandzukic lá na frente?
CENTROAVANTE
Em tempos de falso 9, o campeão da Copa da Rússia terá um centroavante clássico. França e Bélgica, hoje, em São Petersburgo, será o confronto de Giroud (este ainda não fez gol) e Lukaku. Amanhã, em Moscou, a Inglaterra de Kane contra a Croácia de Mandzukic. O Brasil voltou para casa sem um gol sequer de Gabriel Jesus. E amarga nove jogos de Copa sem um golzinho sequer de seus centroavantes.
ORGULHO RUSSO
Os russos estão orgulhosos com o desempenho do país na Copa. Não esperavam nada da sua seleção, mas chegaram a sentir o gosto de alcançar uma semifinal durante a disputa nos pênaltis com a Croácia, sempre em episódios épicos. Há reverência por todos os lados. O The Moscow Times, editado em inglês na capital de 14 milhões de habitantes, saiu com uma capa emocionante. "Spasibo" significa obrigado.