Ainda foi com mais transpiração do que inspiração, mesmo contra um adversário de Série C. Houve determinados momentos em que a compactação falou. Surgiam espaços entre as linhas, e nelas os jogadores do Fortaleza recebiam com alguma liberdade.
Tudo isso ficou claro na vitória por 3 a 0 sobre o Fortaleza, que encerrou a série de 14 jogos sem vitória. Mas podia haver uma atuação irretocável e definitiva, após tantas e seguidas desconstruções de time?
Não, decididamente não.
Portanto, foi melhor do que a encomenda.
Por um motivo: o Inter, enfim, jogou.
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Viu-se um caminho, em escalação e desenho tático. Gostei da aproximação com toques rápidos.
Seijas coordenou o jogo, posicionado na esquerda para recompor, mas flutuando com desenvoltura na hora de armar o time a partir da posse da bola. A meu juízo, o melhor em campo do ponto de vista tático, o termômetro da equipe.
Nico López se envolveu nas lides operárias, como queria o técnico. Que não se fale mais em Ariel, ainda mais com Aylon recuperado. Esse não tem grife, mas luta e resolve. O lugar de Ariel é entre o massagista e o médico, no banco de reservas.
Valdívia deu um passo na sua retomada de confiança. Danilo Fernandes podia ter puxado um banquinho para descansar, o que indica eficiência defensiva mesmo com três atacantes, no caso Aylon, Valvídia e Nico López.
O desafio é se repetir em escalação, esquema e atuação contra o Santos, na luta contra o rebaixamento. Aí o furo é mais embaixo. Quem não sabe?
Na escuridão, toda luz é luz. No desterro, tudo tem de ter um começo. O do Inter de Celso Roth pode ter aparecido na noite desta quarta-feira, no Beira-Rio.
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