A banalização do impeachment atinge, às vésperas do último trimestre do ano, níveis incríveis de exagero e desproporção . Eleito com mais de 70% dos votos e novato na política, o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés, está prestes a perder o mandato. Motivo: ter autorizado a equiparação salarial de procuradores jurídicos do Estado à mesma carreira do Assembleia Legislativa. Os arquitetos do impeachment alegam que ele não poderia ter feito isso sem a aprovação de um projeto de lei. A vida do governador não está fácil. O processo já foi aprovado pela Assembleia e abriu caminho, agora, para a criação de um tribunal composto por cinco deputados e cinco desembargadores. Se mantiverem os votos que deram na tramitação no Legislativo, os cinco parlamentares vão confirmar a perda de mandato.
Poder
Processo contra governador de SC mostra o nível de banalização do impeachment
Se governar é a arte de negociar, o chefe do executivo precisa saber que terá de ouvir, ponderar, ceder se for preciso
Daniel Scola
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