Meninas de um lado, meninos do outro. No meio do salão, a expectativa, a excitação, a taquicardia – e o medo de ser rejeitado. Cabia aos meninos tomar a iniciativa, e às meninas a tarefa de enviar sinais de que eles seriam bem-sucedidos, ou não, em seu custoso esforço de aproximação. Na prática, as coisas nem sempre, ou quase nunca, davam muito certo para a maioria. Dançava-se por educação, por falta de opção ou para não destoar muito do grupo – mesmo que dançar sem vontade pudesse mostrar-se tão incômodo naquela hora quanto um sapato apertado.
Comportamento
Opinião
A última valsa
Para os adolescentes, dançar uma música lenta tornou-se tão anacrônico como o walkman e o videocassete
Cláudia Laitano
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