Meu pai era um gurizote quando as águas do Guaíba avançaram sobre as ruas de Porto Alegre. Mais tarde, contando aos filhos pequenos sobre a enchente de 1941, era o olhar do menino que ditava o ritmo da narrativa. Quando o assunto vinha à tona, o pai nos falava das aulas suspensas, dos barquinhos atravessando a Borges de Medeiros, da farra da gurizada em meio à desorganização geral da rotina da cidade.
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