Na cidade de colonização alemã onde passei parte da infância, muitas das minhas colegas falavam alemão em casa – o que dava a elas uma entonação que me divertia e fascinava ao mesmo tempo. Nascida e criada no centro de Porto Alegre, descendente de pais e avós porto-alegrenses, qualquer traço cultural mais pronunciado da nossa origem italiana parecia diluído em relação à notável presença cotidiana da cultura alemã nos hábitos e na linguagem das minhas amigas de Novo Hamburgo. Não demorou muito para eu adotar o "ach du lieber Gott!" como se tivesse nascido comigo.
Tradição
Patrícios
Culturas se misturam. Ainda assim, cresce nas redes sociais a discussão sobre a chamada "apropriação cultural".
Cláudia Laitano
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