O técnico Renato Portaluppi segue suspenso pelo STJD e seguirá fora da casamata nos próximos dois jogos do Grêmio. Uma mudança na conduta do treinador, no entanto, precisa ser analisada. Nos dois jogos em que estava suspenso, Renato adotou posturas diferentes. Contra o Bragantino, ficou em Porto Alegre e, contra o Botafogo, em Brasília, Renato acompanhou a delegação.
No jogo contra o Criciúma, quarta-feira (25), quando esteve à beira do campo em razão de um efeito suspensivo, Renato falou bastante sobre a sua ausência no jogo em São Paulo. O técnico tricolor fez duras críticas as pessoas que cobraram a sua participação nos bastidores do jogo.
Disse ele, inclusive, que os seus críticos não conheciam as regras e que ele ficou em Porto Alegre em razão de não poder ir ao estádio. Os analistas e os torcedores, em sua maioria, entenderam que Renato poderia ser importante na palestra pré-jogo, que sempre é realizada no hotel.
Na viagem para Brasília, supreendentemente, Renato se colocou ao lado do grupo e vai acompanhar o jogo de perto, participando ativamente de todas as ações dos bastidores antes da ida do grupo para o estádio. Na opinião da maioria, segue sendo essa a conduta correta e o treinador precisa ser, então, elogiado por isso.
A pergunta, curiosa, se dá pela mudança de postura após tamanha truculência com as críticas recebidas. O que terá mudado, a análise de Renato sobre o que ouviu e a consequente mea-culpa sobre o que disse ou a simples vontade de estar em um jogo tão semelhante ao que não foi? O Grêmio está um clube muito difícil de decifrar.