Para os que pensam que o maior risco do Grêmio nesta temporada está na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, fique atento a este texto. Os números que serão apresentados no Conselho Deliberativo trazem pontos ainda mais assustadores.
O time do Grêmio joga cada vez menos no campo, mas os custos com o futebol do clube não param de crescer. O endividamento bancário se aproxima de R$ 100 milhões, o que, todos sabem, complica muito o trabalho do dia a dia. Além disso, o déficit projetado coloca em risco o Profut, programa do Governo Federal para pagamento de dívidas fiscais fundamental para a saúde financeira dos clubes. A dívida total do Grêmio se aproxima de R$ 700 milhões.
Esta relação, mais do que nunca, precisa ser discutida de forma mais forte pelas lideranças do Grêmio. Está na hora de criar uma ação de contenção de despesas e parar com a ideia de que entregar ao futebol o que ele pede vai trazer resultado. Os números do clube não estão representados pelo atual trabalho do futebol, que apresenta problemas em qualquer lado que se possa olhar.
O torcedor, por óbvio, se preocupa com o resultado do próximo jogo, mas não podemos achar que o clube acaba nesta gestão. A saúde financeira é um trabalho de todos e parece que o Grêmio está anestesiado, entregando dinheiro a construção de um time que não está devolvendo nem a metade do que recebe.
Esse é o maior risco do Grêmio. Está na hora de acordar.