Na última quinta-feira (21), o presidente Alberto Guerra concedeu uma entrevista aos colegas Marco Souza e Filipe Duarte, em GZH, e falou muito sobre o novo contrato do Grêmio com a Rede Globo. O clube gaúcho vendeu os seus direitos de transmissão em uma negociação em bloco com a Libra pelo período de cinco anos.
Em determinado momento da entrevista, Guerra foi perguntado sobre os pontos positivos de o Grêmio se unir à Libra em detrimento ao negócio proposto pela Liga Forte, que é o grupo que conta com o Internacional. E aqui surge a grande diferença entre os dois negócios.
O contrato assinado pelo Grêmio começa em 2025 e vai até dezembro de 2029 e, na assinatura, o clube ganhou, a título de antecipação, 10% desta receita nestas cincos temporadas. Ou seja, durante estes cinco anos, o Tricolor ficará com 90% da receita do negócio. Já o Inter recebeu um valor na casa de R$ 200 milhões na assinatura do contrato com a Liga Forte, mas, para isso, acabou negociando 20% da receita de TV por 50 anos.
Essa diferença, inclusive, foi citada por Alberto Guerra na entrevista para GZH, e acabou escancarando a grande discussão sobre as duas propostas, mesmo que os valores também possam se tornar muito diferentes no futuro.
Como gremista, fico tranquilo que o Grêmio tenha optado por algo mais conservador. O dinamismo no mundo da comunicação tira qualquer ideia definitiva sobre o futuro, ainda mais quando projetado por 50 anos. Os dirigentes precisam preservar este tipo de pensamento. Na maioria das vezes, esse caminho é não montar situações definitivas por um longo espaço de tempo. Grêmio e Inter tem muitas histórias como essa para contar.