O presidente do Inter, Alessandro Barcelos, foi reeleito na tarde deste sábado (9) para o próximo triênio. Uma votação acirrada, mas que ensina muito sobre uma nova visão dos sócios dos clubes de futebol quando o assunto é eleição.
A vitória de uma gestão que no departamento de futebol não obteve nenhuma conquista importante é muito maior do que podemos imaginar. Além disso, as várias bolhas que encontramos nas redes sociais merecem muito a nossa avaliação.
A campanha do seu opositor trazia importantes figuras do campo de jogo e do passado político do Inter, e, mesmo assim, Barcellos conseguiu manter-se na presidência. Essa verdade carrega junto a força das construções políticas e do engajamento dos grupos políticos em uma eleição tão grande como essa. Quase 30 mil pessoas participaram do pleito.
Outra curiosidade foi a diferença entre as bolhas das redes sociais. Vários influenciadores acabaram se posicionando e realizando enquetes nas suas páginas. E a realidade, a partir desta eleição, é de que as redes sociais têm ambientes muito distintos e devem ser desconsideradas em contextos tão diferentes. O algoritmo entrega, de forma muito clara, as pessoas para espaços que convergem, e isso cria distorções e disfarça a verdade.
De fato, o que fica após essa eleição é a forma como funciona a nova politica dos clubes de futebol no país. As pessoas, de um modo geral, têm mais acesso às informações, e o campo de jogo virou apenas mais um dos pontos para se definir os pleitos.
Além disso, não existem nichos em clubes grandes. Os sócios estão em todos os lugares, todas as idades e todas as classes sociais, o que faz das eleições de um clube de futebol um contexto ainda mais complexo do que uma eleição municipal.