O Gre-Nal deste domingo no Beira-Rio foi trágico para o Grêmio. Uma derrota por 3 a 2 que tem, neste resultado, a melhor notícia da tarde. O Tricolor escapou de levar uma goleada do Inter. Uma vergonha que começou antes da partida, passou pelos 90 minutos e chegou na entrevista coletiva.
A tripla derrota começa na preparação do Grêmio para o jogo e na escalação do técnico Renato. Até quando Ferreira será a solução do time tricolor? Até quando os três volantes vão ter dificuldade de se posicionar? Até quando as soluções ofensivas vão se abraçar na sonolência do Cristaldo?
A tripla derrota tem no seu segundo capítulo um jogo de péssimas escolhas táticas e técnicas e de um comportamento patético dos jogadores. As mudanças do segundo tempo, com Galdino e Nathan, transformaram o jogo em um filme de terror para o torcedor. A recuperação do Grêmio passou muito mais pela força do Suárez do que por alguma ação coletiva protagonizada pelo treinador.
E para completar o quadro, a coletiva de imprensa acabou detonando outro sério problema. Sem anunciar previamente, o técnico Renato não concedeu entrevista e viajou para o Rio de Janeiro para um compromisso na manhã de segunda (9). O presidente Alberto Guerra falou no lugar do treinador e se mostrou incomodado não só com o jogo, mas também pela ausência de Renato. Mais uma triste página do jogo.
Para completar, o Grêmio folga até quinta-feira (12) e só então recomeça o trabalho para buscar uma vaga direta na Copa Libertadores. Os próximos dias servirão para a torcida refletir muito sobre a triste tarde do Grêmio no Beira-Rio. O trabalho escancarou uma fragilidade que o clube não havia sentido ainda no período Alberto Guerra.