A principal notícia deste início de semana no Grêmio demonstra uma fragilidade crônica no clube. Rodrigo Ely e Cuiabano foram diagnosticados com lesões musculares, desfalcam o time de Renato por alguns jogos e expõem, mais uma vez, um setor muito criticado no Tricolor.
A mudança no departamento médico, uma das bandeiras da campanha de Alberto Guerra, ainda não surtiu o efeito buscado e permite que a discussão ganhe forma. Afinal, o que mudou, de fato, no DM do Grêmio?
O nome do departamento foi mudado nos primeiros dias da gestão. O antigo DM virou Departamento de Ciência, Saúde e Performance e, além de profissionais contratados, o clube firmou parcerias com empresas para equipar melhor o atendimento aos atletas. Os médicos que atendem os jogadores, no entanto, seguem sendo os mesmos dos anos passados e algumas práticas também não mudaram.
O resultado, que no final de tudo é o que importa, também não mudou. As lesões musculares não param de acontecer. Fabio, João Pedro, Geromel, Kanneman, Reinaldo, Carballo, Pepê, Cristaldo, Ferreira, Cuiabano, Rodrigo Ely, Bitello, Bruno Uvini e Gustavo Martins já desfalcaram o time em alguma oportunidade. O que, convenhamos, demonstra que a prática não se relaciona em momento algum com o discurso utilizado pelo Grêmio.
É preciso ser franco na análise e não se entregar às narrativas. O Tricolor não pode mais perder tantos jogadores em uma temporada e essa é uma discussão muito importante para o crescimento do clube. Chegou a hora de o Grêmio sair do discurso e mudar na prática.