Pessoas megalomaníacas assustam por seu senso inflado de superioridade e o desejo desmedido de poder, controle e grandeza. Essas figuras costumam acreditar que estão acima de qualquer limite moral, ético ou legal. São habilidosas no jogo da manipulação, especialistas em torcer e distorcer situações a seu favor, controlando quem estiver ao alcance. Essa obsessão geralmente resulta em decisões impulsivas, perigosas e injustas, que podem causar episódios de assédio moral, psicológico e até físico.
O megalomaníaco se julga dono da verdade. Ele rejeita críticas e opiniões sinceras, preferindo cercar-se de apoiadores incondicionais, os populares puxa-sacos. Vozes dissidentes são descartadas porque acredita na infalibilidade de suas ideias e planos. A arrogância e a prepotência são traços marcantes dessa gente, que também não hesita em recorrer à mentira na falta de fatos que justifiquem suas atitudes.
Uma pessoa com tais características é perigosa e pouco confiável em qualquer ambiente, mas se torna mais preocupante quando assume o comando da maior potência mundial. Sim, estou falando de Donald Trump, o exagerado e grosseiro presidente dos Estados Unidos, que age feito elefante na sala de cristais para implantar a qualquer custo suas propostas. Nesse contexto, trata os imigrantes como se todos fossem criminosos, menospreza os direitos da comunidade LGBTQ+ e das mulheres, perdoa criminosos que atentaram contra a democracia, reabilita militares negacionistas, ofende e desdenha de um aliado histórico (Canadá) e ameaça usar a força militar para controlar o Canal do Panamá e a Groenlândia.
Além disso, já retirou o país da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo do Clima de Paris. Também tentou proibir a cidadania americana para filhos de migrantes nascidos em solo americano, medida inconstitucional que gerou forte reação contrária e foi suspensa por decisão judicial. Trump, enfim, estica a corda e testa os limites do cargo que ocupa, desafiando as normas e princípios éticos que orientaram seus antecessores. Pelo que já fez e, principalmente, por tudo que promete fazer, é um mau exemplo.
O verdadeiro líder não age assim. Ele se impõe pelo diálogo, empatia, capacidade de escutar, respeito aos adversários e pelo compromisso com a justiça e a igualdade. Por isso, torço para Trump se dar mal nas suas pretensões. Caso contrário, se for bem sucedido agindo de forma tão agressiva e desrespeitosa, poderá gerar réplicas ainda piores mundo afora. E disso não precisamos.