Um mês atrás escrevi aqui que brigar por medalha será árdua tarefa para os comandados de Bernardinho em Paris. Pois a atual edição da Liga das Nações tem mostrado isso. Foram seis vitórias e seis derrotas. O rival das quartas de final será a Polônia, que, ao lado de França e Itália, está num patamar superior ao Brasil.
A seleção feminina ficou invicta por 13 jogos e acabou em quarto lugar no torneio, em jogos que foram definidos em detalhes. E acredito que esse aprendizado será decisivo para estar no pódio na França.
O amadurecimento que a Liga poderá trazer para jogadoras como Ana Cristina, especialmente, é algo que poderá ser decisivo no torneio olímpico. José Roberto Guimarães é detalhista e sabe que ajustar o passe ou proteger sua ponteira para que ela não seja caçada pelas adversárias, como foi na semifinal contra o Japão, será o diferencial para chegar a mais uma medalha.
Da mesma forma ele e as jogadoras mais experientes, como Thaisa, Carol e Gabi deverão auxiliar Ana Cristina a ter mais paciência para jogos como a semifinal da Liga, diante do Japão, em que ficou claro que por vezes não é só atacar com força, como fez outra jovem, Júlia Bergmann, que entrou muito bem durante a partida.
No cenário atual, a seleção feminina de vôlei está no mesmo nível de Itália, Estados Unidos, Polônia, China, Turquia e Japão. O equilíbrio é maior até pela quantidade de equipes, sem descuidar da Sérvia, atual bicampeã mundial, mas o time de Zé Roberto está mais próximo de estar pronto por uma briga por pódio do que o de Bernardinho.