O Mundial de vôlei feminino que começa nesta sexta-feira (23) tem favoritos definidos. O Brasil está na briga por um lugar no pódio e isso já será um grande resultado. José Roberto Guimarães tem feito um grande trabalho de renovação e sua capacidade é nossa arma.
Acredito que passaremos pela primeira fase com tranquilidade. Japão e China, os dois últimos rivais do Grupo D, deverão trazer as maiores dificuldades. Mas não podemos relaxar contra a República Tcheca, adversária de estreia, e devemos ter todo o cuidado possível nos duelos contra Argentina e Colômbia.
O time colombiano, aliás, merece atenção especial. Comandada pelo brasileiro Antônio Rizola, a equipe cafetera nos derrotou nas duas últimas vezes em que nos enfrentamos. A primeira, na semifinal dos Jogos Pan-Americanos de Lima em 2019 e a segunda, pelo Sul-Americano do ano passado, quando levamos o título no saldo de sets.
Além de Rizola teremos mais dois brasileiros na beira da quadra. Marcos Kwiek segue à frente da República Dominicana e Luizomar de Moura voltará a dirigir o Quênia, assim como ocorreu nos Jogos Olímpicos de Tóquio, num projeto de desenvolvimento que pretende levar as africanas a um patamar competitivo.
Voltando ao time brasileiro, insisto que não podemos cobrar título. Com diversas estreantes em uma competição deste nível é necessário ter paciência, até porque o grande objetivo é chegar em Paris 2024 em condições de brigar pela terceira medalha de ouro olímpica da seleção, o que seria a quarta de Zé Roberto Guimarães.