Nem mesmo as projeções mais otimistas traziam um desempenho tão expressivo para os embarques do agronegócio gaúcho em outubro. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, o volume despachado pelo setor cresceu 85,45% - somando 1,65 milhão de toneladas.
A quantidade muito superior compensou até mesmo a queda de preços no mercado internacional e fez com que a receita também crescesse 17,07%, alcançando valor de US$ 1,07 bilhão.
Nesse contexto, as vendas do complexo soja, principal produto da pauta do Rio Grande do Sul, tiveram peso significativo: aumentaram 200% em volume e 145% em faturamento.
O arroz também ocupou o seu espaço à mesa do mercado internacional, com avanço de 78% em volume embarcado, como mostram os dados do relatório de exportações da Federação da Agricultura do Estado (Farsul).
- Nosso produto ficou muito mais competitivo no mercado externo por causa da variação cambial - reforça Antônio da Luz, economista-chefe do Sistema Farsul.
A tendência é de que o ano feche com volume cerca de 20% maior. Em valores, se os números de 2014 forem repetidos, terá sido um bom negócio. Claro que, para efeitos de PIB, é a receita em reais que conta. O problema é que nem todo o reforço dado pelo agronegócio será capaz de deixar a sopa da economia com aquela gordurinha extra.