Depois de percorrer os gabinetes dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), o governador José Ivo Sartori voltou de Brasília a tempo de participar da cerimônia de lançamento da 38ª Expointer, no Palácio Piratini, na manhã desta quarta-feira. O governador destacou que a feira, marcada para o período de 29 de agosto a 6 de setembro é o raio x "da capacidade do gaúcho, que é produtivo, vitorioso". Afirmou ainda que está tudo "praticamente pronto" no parque Assis Brasil, em Esteio.
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Em seu discurso, Sartori também falou sobre a crise:
- Vai chegar o momento em que para construir o amanhã todos terão de perder um pouquinho.
Logo depois, usou o poema intitulado Tarefa (veja a íntegra abaixo), que disse ter lido no tempo em que estudou em Viamão, em 1969, para complementar e fazer uma comparação:
- Morder o fruto amargo e não cuspir, mas avisar aos outros quanto é amargo.
Considerada a grande vitrine do agronegócio gaúcho a Expointer deste ano tem 4.758 animais inscritos. No ano passado, as propostas protocoladas somaram R$ 2,72 bilhões, impulsionadas pela venda de máquinas que, sozinha, respondeu por R$ 2,71 bilhões. Neste ano, com a retração da economia, e como já registrado em outras feiras do setor, a avaliação é de que dificilmente as vendas cheguem ao mesmo patamar.
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- Se superarmos os R$ 2 bilhões, será um bom resultado - avalia o Secretário da Agricultura, Ernani Polo.
O poema:
Tarefa, de Geir Campos
Morder o fruto amargo e não cuspir
mas avisar aos outros quanto é amargo,
cumprir o trato injusto e não falhar
mas avisar aos outros quanto é injusto,
sofrer o esquema falso e não ceder
mas avisar aos outros quanto é falso;
dizer também que são coisas mutáveis...
E quando em muitos a noção pulsar
- do amargo e injusto e falso por mudar -
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.