Maior produtor mundial de celulose, o Brasil está perto de despontar como o primeiro país a liberar comercialmente o plantio de eucalipto geneticamente modificado. Experimentos de empresas florestais estão em campo há quase uma década e uma variedade transgênica que promete produtividade 20% maior - em tempo de crescimento - poderá ser aprovada ainda neste ano pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). A introdução de um novo gene na planta reduziu de sete para cinco anos e meio o período entre plantio e colheita e aumentou o diâmetro do tronco.
A biotecnologia que permite árvores com crescimento mais rápido, por meio de clones transgênicos, promete ampliar o ganho do setor florestal, que responde por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial. Esse segmento da indústria extrativista movimentou R$ 60 bilhões em 2013.
- Essas variedades permitirão que a mesma área plantada renda uma quantidade maior de celulose. Produzir mais madeira por hectare vai nos tornar ainda mais competitivos - destaca João Fernando Borges, presidente da Associação Gaúcha de Empresas Florestais (Ageflor).
Com experimentos em campo há oito anos, a Futuragene, empresa de biotecnologia da Suzano Papel e Celulose, protocolou pedido de liberação comercial de variedade transgênica na CTNBio em janeiro deste ano.
Arte/ZH
Pesquisa
Transgenia promete árvores com produtividade 20% maior
Eucalipto geneticamente modificado está em análise pela CTNBio
Joana Colussi - Direto da Índia
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