À medida que avança a safra de soja nos Estados Unidos e se consolidam prognósticos positivos para a produção americana, os preços da commodity caem no mercado internacional - e no local.
Nos últimos sete pregões da Bolsa de Chicago, os valores do grão fecharam em baixa. Para os contratos previstos para o período em que a colheita de lá já estará entrando no mercado, a cotação tem ficado abaixo de US$ 12. Nesta terça-feira, o vencimento em novembro, por exemplo, fechou em US$ 11,1625.
É um reflexo natural diante de um cenário em que se consolida uma área recorde - 34,3 milhões de hectares - que promete se converter em um volume igualmente histórico para a produção dos EUA. Com tendência de oferta maior, o preço recua.
Essa é uma perspectiva não tão boa para produtores do país e do Estado. Principalmente aqueles que seguraram o grão colhido na última safra de verão, à espera de oportunidades de melhores remunerações.
Análise do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de São Paulo divulgada nesta semana mostra que o preço caiu tanto fora quanto dentro do país. Embora o repasse das quedas seja menor aqui, conforme o boletim, as negociações seguem em ritmo lento.
Por enquanto, ainda é cedo para dizer com certeza qual o tamanho da produção, já que o clima sempre pode causar impacto. Mas os americanos estão indo bem no caminho até a colheita farta. Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês), as lavouras em condições consideradas boas e excelentes somam 72%. Esse quadro configura o melhor início de safra dos últimos 20 anos.
Na sexta-feira, tem mais projeções. Dessa vez, o USDA apresentará seu relatório mensal de oferta e demanda.