
As exportações de carne suína do Brasil caíram 10,01%, em fevereiro, comparadas a igual mês do ano passado com o embarque de 36.940 toneladas e um volume financeiro de US$ 96,54 milhões, uma redução de 11,14%. No acumulado do ano, as vendas externas somaram 71.808 toneladas. O faturamento chegou a US$ 186,82 milhões, valor 11,53% inferior ao obtido no primeiro bimestre do ano passado.
Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), houve queda no número de encomendas nos mais variados mercados. Entretanto, para a Ucrânia (país que vive uma séria crise política), as vendas despencaram. Os ucranianos estão entre os cinco maiores importadores da carne suína brasileira. Em fevereiro, eles reduziram essas compras em 83,43%, totalizando 1.454 toneladas.
- Saiba mais sobre a crise:
- Estados Unidos enviam 12 aviões F-16 para Polônia
- Putin defende direito da Crimeia a se anexar à Rússia
- Em monumentos às vítimas de Maidan, ucranianos refletem sobre o futuro
Pesquisa feita pela entidade mostra que, no primeiro bimestre, houve recuo de 88,97% no volume embarcado e de 88,28% na receita (US$ 5,13 milhões).
Por meio de nota, o presidente da entidade, Rui Eduardo Saldanha Vargas, disse que há expectativa de melhora no desempenho no mês de março, com exceção das vendas para a Ucrânia.
Segundo ele, o comportamento mais retraído do mercado internacional não foi nenhuma surpresa para o setor que espera uma reação favorável a partir deste mês.
- O setor continua otimista em relação ao aquecimento do mercado do Japão e a uma situação mais favorável na Rússia, em virtude de adversidades que vêm sendo enfrentadas pela Europa e pelos Estados Unidos, concorrentes do Brasil no mercado russo - justificou.
Com a habilitação de mais duas unidades brasileiras de carne suína pela Rússia, subiu para seis o total de fábricas com o sinal verde para enviar os produtos àquele mercado, principal destino do produto brasileiro, com participação de 29,43%.