Após ser confundido com um puma e causar medo em moradores de Taquara, foi identificada a espécie do felino avistado na área rural do município do Vale do Paranhana na semana passada. Trata-se de um gato-do-mato, conforme a Defesa Civil.
O animal foi visto pela primeira vez em 13 de janeiro, circulando na localidade de Santa Cruz da Concórdia. Câmeras de segurança de uma lanchonete flagraram o animal e alguns moradores relataram o desaparecimento de aves de criação como galinhas e um peru.
Depois disso, o animal foi registrando interagindo com uma gata doméstica. Os felinos aparecem "flertando" e brincando em novas imagens divulgadas pela Defesa Civil.
Os vídeos foram gravados por novas câmeras de monitoramento instaladas pela Defesa Civil de Taquara no local onde o felino apareceu pela primeira vez. Conforme o órgão municipal, a espécie tem 37 centímetros de altura e não oferece risco aos moradores.
— Ele (gato-do-mato) e o puma são até parecidos no aspecto, mas muda o rabo, o do puma é um pouco mais firme e grosso. A altura, não chega aos 40 centímetros, e o próprio rosto do animal é diferente, o do puma é mais arredondado do que o do gato-do-mato — explicou Alessandro Santos, coordenador da Defesa Civil de Taquara.
Como foi identificado
Para identificar a espécie, a Defesa Civil instalou novas câmeras na região onde os moradores relataram ter avistado o "puma". O animal foi flagrado todas as noites desde então e uma armadilha foi instalada para tentar capturá-lo.
— Ele até entrou dentro da gaiola, mas saiu, não se conseguiu pegar ele. Das outras vezes, ele vem por cima da gaiola (...) Na noite passada, ele interagiu com uma gatinha — contou Santos.
A partir das imagens, a Defesa Civil de Taquara contou com a análise de membros da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) e o Comando Ambiental da Brigada Militar para identificar o animal. Com a espécie identificada e a hipótese de risco aos moradores afastada, o objetivo é capturar o gato-do-mato para devolvê-lo a um ambiente mais seguro.
— A ideia é capturar o animal para colocar ele num lugar mais seguro, porque ali, como tem muitas casas e moradores, tem muitos animais de pequeno porte que já estariam desaparecendo, por exemplo, como galinha angolista e aves de pequeno porte. Para a própria segurança do animal, a gente quer pegar ele e transferir para um local mais adequado.