O Boletim dos Cientistas Atômicos revelou na terça-feira (28) a nova hora do "Relógio do Juízo Final", ou “Doomsday Clock”. O horário é uma estimativa do quão perto a humanidade está da auto aniquilação.
Para essa definição, o Comitê de Ciência e Segurança do Boletim (SASB), órgão responsável pela iniciativa, analisa inúmeras ameaças globais. Conflitos armados diversos, a integração da inteligência artificial e a constante crise climática são alguns dos fatores considerados na equação.
Conforme a presidente e CEO do SASB, Rachel Bronson, a expectativa era que em 2025 os ponteiros não avançassem e se mantivessem em 90 segundos, tempo definido em 2023 que permaneceu inalterado em 2024.
Entretanto, foi anunciado que o horário mudou em 1 segundo. Agora, faltam 89 segundos para o "fim dos tempos". Essa é a estimativa mais negativa já registrada pelo “Doomsday Clock".
O que é o "Relógio do Juízo Final"?
A iniciativa, que surgiu em 1947, dois anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, busca incentivar discussões e avaliar ameaças à humanidade. Os parâmetros iniciais da ferramenta foram elaborados pelo biofísico Eugene Rabinowitch, um dos colaboradores do Projeto Manhattan.
O design do relógio foi criado pela artista Martyl Langsdorf, esposa do cientista Alexander Langsdorf, que também contribuiu com o desenvolvimento da bomba atômica norte-americana.
Inicialmente, as avaliações eram voltadas unicamente para ameaças nucleares. A partir de 2007, entretanto, mudanças climáticas também passaram a ser consideradas nos cálculos que definem o horário do relógio.
Quando surgiu, o relógio marcava sete minutos para a meia-noite. Com o tempo, já avançou e retrocedeu, e chegou a marcar 17 minutos para a meia-noite em 1991, após o fim da Guerra Fria. Desde 2023, o mecanismo marcava 90 segundos para meia-noite. Agora, ficou acertado em 89 segundos. Esse é o menor espaço de tempo já registrado.
Apesar de não ser uma medição exata, a determinação de horário do Juízo Final leva em conta uma série de cálculos matemáticos e estatísticas.