
A Justiça condenou Leandro Suanes, ex-diretor da Penitenciária Estadual de Rio Grande (Perg), a 25 anos, quatro meses e sete dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de capitais. Ele foi alvo de uma operação em 2023, acusado de facilitar o ingresso de celulares, drogas e dinheiro na casa prisional entre os anos de 2021 e 2023.
De acordo com o Ministério Público (MP), Suanes mantinha um acordo com uma organização criminosa e recebeu mais de R$ 458 mil para permitir a entrada dos materiais ilícitos. A investigação aponta que os apenados envolvidos no esquema lucraram cerca de R$ 4 milhões com o tráfico de drogas dentro da unidade.
— A sentença vem coroar o êxito da investigação com uma condenação exemplar para um servidor público que introduzia drogas e celulares na cadeia, obtendo um patrimônio expressivo e totalmente ilícito — afirmou o promotor Rogério Caldas. Ele destacou ainda que houve o confisco dos bens do condenado, mesmo sem a comprovação de outro crime, devido à incompatibilidade com sua renda declarada.
Ainda conforme o MP, entre dezembro de 2018 e fevereiro de 2023, Suanes movimentou mais de R$ 7 milhões em suas contas bancárias – montante considerado incompatível com sua condição de servidor público e sem outra fonte de renda lícita identificada.
Esta é a primeira sentença entre seis ações penais movidas contra o ex-diretor da Perg. Zero Hora não conseguiu localizar a defesa de Leandro Suanes. O espaço está disponível para o contraponto.