
Cristian Cravinhos, condenado pelo assassinato do casal Richthofen, foi liberado para cumprir o restante da pena em liberdade na noite de quarta-feira (5). Ele estava preso na penitenciária Dr. José Augusto Salgado, conhecida como P2 de Tremembé (SP).
De acordo com o g1, a juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, da Vara de Execuções Criminais de Taubaté, autorizou a soltura com base no bom comportamento do detento e em um parecer psicológico favorável. A magistrada destacou a conduta exemplar de Cravinhos durante o encarceramento, sem faltas disciplinares nos últimos 12 meses e cumprindo o tempo necessário para a progressão ao regime aberto, prevista para 17 de abril de 2024.
Apesar da oposição do Ministério Público de São Paulo, a juíza considerou insuficientes as objeções para negar o benefício, mencionando o histórico positivo de Cravinhos em retornar ao estabelecimento prisional após saídas temporárias.
Para manter a liberdade, ele deve seguir condições estabelecidas pela Justiça, como comparecimentos trimestrais à Vara de Execuções Criminais, obtenção de ocupação lícita e restrições de horário para sair e retornar à residência. Além disso, Cravinhos fica proibido de mudar de comarca ou residência sem autorização judicial e de frequentar bares ou locais considerados incompatíveis com o benefício.
O regime aberto impõe a Cravinhos a obrigação de se recolher em casa durante a noite e nos dias de folga, manter um endereço fixo e seguir regras específicas, como não se ausentar da cidade sem autorização judicial e comparecer em juízo quando necessário. A juíza optou por não exigir o uso de tornozeleira eletrônica.
Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos de prisão, junto com o irmão, Daniel Cravinhos, e Suzane von Richthofen pelo assassinato do casal von Richthofen em 2002. Após progredir para o regime aberto em 2017, ele perdeu o benefício devido a um caso de agressão e tentativa de suborno a policiais. A defesa destacou que a decisão judicial foi baseada na lei.