
O corpo de Vitória Regina de Souza, adolescente de 17 anos encontrada morta em 5 de março, não apresenta sinais de violência sexual. É o que aponta o laudo do Instituto Médico-Legal (IML) entregue à Polícia Civil, que também constatou que a garota foi morta com três facadas. Vitória foi encontrada em uma área de mata em Cajamar, na Grande São Paulo.
"Exame da região genital/perineal sem lesões traumáticas de interesse médico legal", informa o laudo da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), obtido pela Globo e compartilhado pelo g1.
O laudo constatou a presença de álcool no sangue da adolescente, mas segundo o documento, a substância pode ser originária do processo de fermentação da putrefação do corpo. Apesar disso, a Polícia Civil investiga se Vitória foi dopada ou alcoolizada antes de ser assassinada.
O exame da perícia identificou cortes por faca no tórax, pescoço e rosto de Vitória. Com o laudo, a investigação descartou a possibilidade de a vítima ter sofrido algum abuso sexual antes de morrer.
Até o momento, uma pessoa foi presa pelo crime: Maicol Sales dos Santos, apontado pela Polícia Civil como o único suspeito. A investigação preliminar aponta que ele sequestrou Vitória por vingança.
Indícios reforçam suspeita
Maicol é dono do Toyota Corolla que foi visto na cena do crime, no qual a perícia encontrou sangue no porta-malas. O material foi encaminhado para exame de DNA.
Testemunhas ouvidas durante a investigação relataram que o carro foi visto na cena do crime e movimentações suspeitas foram percebidas na residência dele na data do desaparecimento da adolescente. Vizinhos informaram que viram o carro entrando e saindo várias vezes da garagem.
Relembre o crime
A adolescente de 17 anos desapareceu em 26 de fevereiro, à noite, quando retornava do trabalho para casa. O corpo dela foi encontrado em 5 de março, com o cabelo raspado, despido e com cortes.
Imagens de câmeras de monitoramento mostram Vitória caminhando pela rua até o ponto de ônibus. No local, ela conversa com uma amiga. Segundo testemunhas, a adolescente foi seguida por um carro com quatro rapazes após descer do ônibus.
Antes de desaparecer, a garota enviou áudios para uma amiga aos prantos, contando que temia por sua segurança e que havia sido assediada pelos homens que estavam no carro.