O julgamento dos sete réus pela morte de Leonardo Scherer Kologeski, 21 anos, e Diego Lafourcade, 36, em Novo Hamburgo, foi adiado. A sessão havia começado pela manhã, mas precisou ser interrompido no início da tarde, segundo o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS), devido a "problemas técnico-processuais". Ainda não há uma nova data.
O MPRS não especificou quais problemas foram detectados, mas disse que poderiam causar futura anulação do julgamento.
Entre os que serão julgados pelo crime estão mandantes, executores e responsáveis por atrair as vítimas, que atuavam como Djs, para uma emboscada. O grupo responderá por duplo homicídio qualificado e por organização criminosa. Um oitavo envolvido também será julgado por organização criminosa.
Relembre o caso
Em maio de 2020, os DJs Leonardo Scherer Kologeski, 21 anos, e Diego Lafourcade, 36, foram assassinados a tiros às margens da Estrada Leopoldo Petry, na região conhecida como Prainha, em Novo Hamburgo.
Para o Ministério Público, os DJs foram sentenciados à morte pelo "tribunal do tráfico" em razão de desentendimento durante esquema de venda de drogas.
Segundo a investigação da Polícia Civil, os DJs estariam atuando na compra e no transporte de drogas para a facção do Vale do Sinos. No dia do crime os dois, que eram moradores de Porto Alegre, foram a Novo Hamburgo para comprar cinco quilos de crack por cerca de R$ 60 mil.
A droga deveria ser revendida em outras cidades. A compra foi ordenada de dentro da Penitenciária Estadual Modulada de Charqueadas, por um dos gerentes da facção, a quem Kologeski se reportaria, de acordo com a polícia.
Após conversar com o gerente, Leonardo percebeu que só recebeu quatro tijolos da droga, mesmo tendo pago por cinco. Mas o homem que vendeu a droga alegava que havia entregue a quantidade correta.
A falta de um quilo de crack teria gerado atrito entre lideres da facção, que, de dentro da cadeia, julgaram a situação e entenderam que o quilo da droga teria sido desviado pelos DJs, por isso, sentenciaram os dois à morte.