Correção: a operação busca combater furtos em veículos, e não roubos de veículos como publicado entre 6h46min e 7h26min. O texto já foi corrigido.
A Polícia Civil realiza na manhã desta quinta-feira (9) a Operação Safe Car, que combate esquema de furto em veículos na Região Metropolitana. Até as 6h45min, dois suspeitos já haviam sido presos.
São cumpridos seis mandados de prisão preventiva e 17 de busca e apreensão nas cidades de Sapucaia do Sul, Canoas, Gravataí e São Leopoldo.
Um dos mandados foi cumprido em um condomínio no bairro Freitas, em Sapucaia do Sul, e também há ordens judiciais em estabelecimentos comerciais.
Segundo a polícia, a ofensiva busca combater uma organização criminosa especializada em realizar furtos em veículos em bairros de alto padrão da Capital, como Mont'Serrat, Auxiliadora, Petrópolis, Rio Branco, Higienópolis, Moinhos de Vento e Bela Vista.
O objetivo da quadrilha, conforme a investigação, era furtar equipamentos eletrônicos de valor que estavam dentro dos carros. Eles também pegavam cartões das vítimas para fazer transferências bancárias.
— É uma associação criminosa muito bem articulada. Vinham da Região Metropolitana para Porto Alegre com carro locado. Inclusive trocavam as placas — explica o delegado Rodrigo Bozzetto, chefe da Delegacia de Polícia Regional Metropolitana.
Segundo Bozzetto, os alvos dos ladrões eram modelos de alto valor. Eles utilizavam os equipamentos chamados chapolin que, quando acionado, impedem que a porta do veículo seja fechada. Em outras ocasiões, quebravam os vidros dos veículos. A orientação da polícia é não deixar itens visíveis dentro do carro.
Segundo o delegado Luciano Dias Peringer, da 3ª Delegacia de Polícia Porto Alegre, as investigações se iniciaram ainda no ano passado. Além das duas prisões, foram apreendidos aparelhos eletrônicos, como notebooks e máquinas de cartões utilizadas para realizar as fraudes.
Os crimes investigados são furtos em veículos, receptação, lavagem de dinheiro, adulteração de sinal identificador de veículo automotor, estelionato e organização criminosa.
Conforme a polícia, entre as vítimas há, inclusive, integrantes de governo. Ao todo, 75 policiais participam da ofensiva.