A Polícia Civil concluiu nesta semana o inquérito sobre a morte de Carmen Regina Thomazi Ambrozio, 69 anos. A idosa foi atropelada na tarde de 3 de outubro, em Canoas, na Região Metropolitana.
Carmen, que atuava como voluntária em ações sociais em sua comunidade, cruzava pela faixa de segurança a Avenida Farroupilha, no bairro Marechal Rondon, quando foi atingida por um veículo Amarok.
O condutor, com longa ficha de infrações, estava com o direito de dirigir suspenso. A polícia não divulgou a identidade do indiciado, mas a reportagem apurou tratar-se de Gustavo Vieira Paim, 34 anos.
Conforme a delegada Luciane Bertoletti, titular da 3ª Delegacia de Polícia de Canoas, a conclusão do inquérito é de que houve um homicídio com dolo eventual, tipo penal que considera que o motorista assumiu o risco de provocar o desfecho.
— As razões são a suspensão da habilitação, a condução em velocidade acima do permitido na via, agravadas pelo fato de que a vítima estava na faixa de segurança e ainda sinalizou com o braço para o condutor, que mesmo assim não interrompe a trajetória que leva ao atropelamento — descreve a delegada.
Em outubro, familiares e amigos de Carmem realizaram manifestação no local do acidente para pedir rigor nas apurações. O caso comoveu a comunidade pela personalidade carismática da idosa e também pelas imagens que gravaram toda a ação que resultou em sua morte.
Segundo a delegada, as imagens auxiliaram a polícia a indicar pela responsabilização do condutor ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que passam a analisar o inquérito.
Contraponto
A reportagem de Zero Hora entrou em contato com a advogada constituída por Gustavo Vieira Paim para representá-lo no inquérito. Até a publicação desta reportagem, a defensora não havia dado retorno.
O espaço permanece aberto para manifestações.