O juiz Rodrigo de Azevedo Bortoli, da 1ª Vara Criminal da Comarca de Lajeado, recebeu, nesta sexta-feira (19), a denúncia do Ministério Público contra nove pessoas suspeitas de envolvimento na morte de Eloete de Oliveira, 54 anos, ocorrida em fevereiro. Oito denunciados estão presos e um está foragido.
A mulher morreu em 13 de fevereiro, em Progresso, a cerca de 110 quilômetros de Porto Alegre. Eloete de Oliveira estava em casa quando cinco homens entraram na residência da mulher, atiraram contra ela e a levaram do local. O marido de Eloete conseguiu fugir.
O corpo da mulher foi localizado dias depois, parcialmente queimado, às margens da RS-421, no interior do município de Sério. A vítima morreu por hemorragia interna torácica consecutiva a disparo de arma de fogo.
A Polícia Civil concluiu que Eloete foi morta a mando de uma pessoa que devia dinheiro para ela. De acordo com a investigação, a vítima teria emprestado o dinheiro a uma pessoa, que foi pago parcialmente. A dívida aumentou, gerando desavenças.
Denúncia
Oito pessoas foram denunciadas por homicídio qualificado por motivo torpe, mediante pagamento e com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima. Sete delas foram acusadas pelos crimes de ocultação de cadáver e corrupção de menor (um adolescente teria participado da ação criminosa).
Os oito denunciados pelo homicídio e mais uma pessoa, que teria ajudado a incendiar o automóvel usado para realização do crime, foram denunciados por organização criminosa. Um dos envolvidos responderá pela aquisição e utilização de veículo automotor com sinal identificador adulterado. A denúncia foi aceita em 10 de abril.
"Considerando os elementos informativos que indicam a ocorrência dos fatos e sinalizam a autoria/participação por parte dos denunciados, presente justa causa para a ação penal, motivo pelo qual recebo a denúncia, o que também faço em virtude de não vislumbrar a existência de qualquer das causas de rejeição liminar, previstas no art. 395 do CPP", afirmou o magistrado na decisão.