Após pedido do delegado de Júlio de Castilhos, Adriano Winkelmann de Rossi, a Justiça determinou a prisão temporária, válida por 30 dias, do homem detido com o carro do motorista de aplicativo Jakson Padilha Silva, 27 anos, encontrado morto no município da Região Central na última segunda-feira (10).
O motorista estava desaparecido desde o sábado (8). Naquele mesmo dia, o suspeito foi preso no município de Encantado, no Vale do Taquari, com o veículo que a vítima usava para fazer corridas, um Gol de cor branca.
Na oportunidade ele foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, pois estava com uma pistola calibre nove milímetros. A arma é do mesmo calibre de cápsulas deflagradas que foram encontradas próximas ao corpo de Jefferson de Souza Ribas, 35 anos, encontrado morto com uma marca de tiro na localidade de Sortiga, no interior de Júlio de Castilhos. Jefferson foi o passageiro que solicitou a Silva uma corrida no sábado.
O preso, que está no Presídio Estadual de Encantado, negou envolvimento no crime. No entanto, segundo o delegado, ele é o principal suspeito, e há provas de que ele estava em Júlio de Castilhos desde o sábado. O nome dele não foi divulgado.
A morte do motorista de aplicativo é investigada como latrocínio, já que o carro dele foi roubado. Já o assassinato do passageiro é tratado como homicídio, porque nada foi levado dele. Inclusive, junto ao corpo, no bolso da calça da vítima, havia R$ 500.
Conforme o delegado Rossi, o corpo do motorista apresentava pelo menos cinco marcas de tiros, sendo pelo menos três pelas costas, o que indica uma tentativa de fuga da vítima. O cadáver foi encontrado distante cerca de 200 metros de onde o passageiro foi localizado também assassinado no sábado.
O corpo do motorista foi sepultado no final da tarde de terça-feira (11) no Cemitério Municipal de Júlio de Castilhos.