Polícia Civil chega a suspeitos de terem matado e ateado fogo em homem na Região Central

A Polícia Civil prendeu um homem, uma mulher e apreendeu um adolescente suspeitos de terem matado e ateado fogo no corpo de um homem em São João do Polêsine, a 50 quilômetros de Santa Maria, na Região Central do Estado. O cadáver foi encontrado na sexta-feira (3), parcialmente carbonizado, em meio a um mato, na localidade de Vale Vêneto, no interior do município.

No domingo (5), foram cumpridos mandados de busca e apreensão na residência do casal, o adolescente de 16 anos e a mulher, de 36, no município vizinho de Silveira Martins. No local, foram encontrados diversos objetos furtados da casa da vítima em Santa Maria. Os dois então confessaram o crime.

Conforme o delegado Sandro Meinerz, responsável pela investigação, a dupla contou que no dia 27 de junho a vítima foi atraída pela mulher, com quem mantinha um relacionamento, e depois foi levada até o local onde foi morta com golpes de pedra na cabeça. Após isso, os dois, com a ajuda do outro homem, de 26 anos, que é primo da mulher, foram até Santa Maria, onde venderam o carro da vítima, um Peugeot 208.

Dois dias depois do assassinato, no dia 29, o adolescente voltou ao local e ateou fogo no corpo do homem na tentativa de apagar vestígios do crime. Ao longo dos dias, a mulher ainda foi na casa da vítima para pegar mais pertences. Aos vizinhos da vítima, ela dizia que era faxineira e que o homem havia ido a Caçapava do Sul para negociar gado. Segundo o delegado Meinerz, a vítima não tinha muito contato com familiares. Vizinhos chegaram a notar a ausência dele, mas não chegaram a registrar ocorrência.

A mulher e o homem foram levados ao sistema prisional e o adolescente internado provisoriamente no Centro de Atendimento Socioeducativo. Os primos devem ser indiciados e o adolescente responsabilizado por ato infracional por latrocínio, que é matar para roubar, e ocultação de cadáver. Duas mulheres que compraram o carro devem responder por receptação. A identidade da vítima é conhecida, mas a Polícia Civil aguarda os exames de papiloscopia (digitais) para confirmar o nome e idade.