Se o governo do Estado cumprir o cronograma de nomeações de servidores para a segurança pública aprovados em concursos, divulgado nesta sexta-feira (8), os efetivos da Brigada Militar, dos Bombeiros e da Polícia Civil chegarão, em 2022, em patamares próximos dos atuais. A projeção dos efetivos feita pelo governo considera, de um lado, as 4,4 mil nomeações anunciadas e, de outro, as aposentadorias potenciais até 2022.
Os estudos realizados pelo governo do Estado indicam que, enquanto Brigada Militar e Bombeiros terão um aumento tímido na quantidade de servidores até 2022, Polícia Civil e Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) terão uma redução modesta no efetivo, no mesmo período.
— Não temos como recuperar essa defasagem (de efetivo). Brigada Militar e Polícia Civil trabalham com 55% do efetivo (ideal). O que conseguimos fazer neste momento é manter ou aumentar um pouco — afirmou, à Rádio Gaúcha, o vice-governador e secretário da Segurança Pública, Ranolfo Vieira Júnior.
As projeções de efetivo da Brigada Militar e dos Bombeiros indicam que, feitas as reposições, a tropa passará de 19.851 atualmente em atividade para 20.537, em 2022.
Já o gráfico de projeção de efetivo da Polícia Civil mostra que, mesmo com os chamamentos, haverá redução do número de servidores, até 2022. Atualmente, há 5.508 policiais. Até o final deste ano, com as aposentadorias, o efetivo cairá para em média 4,7 mil. Com as reposições, em março de 2022, haverá 5.216 policiais.
Na Susepe, há 5.296 agentes penitenciários. Com as nomeações, em 2022, haverá 5.035 profissionais, conforme o gráfico divulgado pelo governo.
O governador Eduardo Leite defendeu, durante entrevista coletiva, a necessidade de aprovação de propostas para reformar a carreira e as aposentadorias dos servidores para que o Estado tenha mais servidores em atividade.
— A reforma que estamos apresentando também vai reduzir o número de aposentadorias. Vamos amortecer a projeção de aposentadorias e vamos garantir a reposição. Nosso grande compromisso é não só terminar o governo com manutenção de efetivos, e até incremento, como fazer isso de forma programada — disse Leite.