
O PM da reserva acusado de matar Rafael Giovane Silveira da Silva, de 26 anos, no Campus da PUCRS, em Porto Alegre, é considerado réu pela Justiça. O juiz Felipe Keunecke de Oliveira, da 2ª Vara do Júri, aceitou a denúncia do Ministério Público no dia 7 de janeiro.
O PM responde em liberdade pelo crime. Ele foi denunciado por homicídio doloso qualificado, por impossibilitar a defesa da vítima. A investigação da 1ª Delegacia de Homicídios apontou que Rafael estava rendido, sentado e desarmado quando foi morto.
Já o policial Márcio Morais de Moraes afirma que agiu em legítima defesa, quando Rafael tentou retirar a arma dele. O motivo do crime, para a polícia, é uma ameaça feita pela vítima ao filho do autor do crime, que trabalha como vigilante da PUCRS. O pai estaria assustado com o fato de o rapaz ter sido supostamente ameaçado por Rafael no dia anterior ao crime.
O réu também atuava informalmente como vigilante da universidade. Ele seria contratado diretamente pelo chefe de segurança para auxiliar em rondas e transporte de valores.
Contraponto
O que diz o advogado Marcelo Marcante, que representa o réu.
“O meu cliente agiu em legítima defesa, o que será comprovado no decorrer do processo. Os elementos do inquérito apontam que a suposta vítima estava sob o efeito de cocaína, tinha ameaçado as pessoas que faziam a segurança no dia anterior, bem como retornado no dia dos fatos armado com uma barra de ferro. Ainda, tentou tirar a arma do meu cliente, oportunidade em que foi dado um disparo de advertência, que não impediu que a suposta vítima persistisse seu intento, o que ocasionou os demais disparos.”