
O titular da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (1ª DHPP) da Capital, delegado Rodrigo Reis, estima que em duas semanas irá concluir as investigações sobre a morte de Rafael Giovane Silveira da Silva, 26 anos, no campus da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), bairro Partenon, Zona Leste, no dia 27 de setembro. Para não atrapalhar as apurações, Reis preferiu não adiantar se alguém será responsabilizado pelos tiros dados nas imediações do prédio 50.
Silva foi morto com pelo menos três tiros, em plena tarde de uma quinta-feira. Ele tombou em um local estreito, entre uma parede e um corrimão, com as mãos juntas e para trás do corpo. Os disparos atingiram o homem em um dos braços, no tórax e no pescoço, próximo da cabeça.
No dia 2 de outubro, um policial militar da reserva, cujo nome não foi divulgado, apresentou-se à Polícia Civil e assumiu a autoria da morte. Em depoimento, o homem alegou ter ido até a PUCRS falar com seu filho, que trabalha como vigilante no local. Após estacionar seu carro nas proximidades do prédio 50, teria visto movimentação de pessoas, entre elas, de outro PM da reserva.
As pessoas estariam tentando conter Silva, que, de acordo com o PM autor dos disparos, estava bastante agitado, após ser flagrado supostamente praticando roubos no local. O policial da reserva teria se aproximado do rapaz para "falar com jeito e tentar acalmá-lo", mas acabou surpreendido por Silva, que teria tentado pegar sua arma. O PM da reserva, então, reagiu, efetuando inicialmente um disparo de advertência e, na sequência, outros três, que atingiram o suspeito de roubo.
De acordo com o delegado, já foram ouvidas mais de 10 pessoas e outras 10 deverão ser convocadas a depor antes da conclusão do inquérito. O objetivo é comparar os testemunhos com a versão apresentada pelos PMs da reserva.
— São pessoas que aparecem em imagens captadas por câmeras de segurança instaladas nas imediações do local onde ocorreu a morte e que certamente testemunharam alguma coisa — afirma Reis.