Uma semana após a descoberta de que o desaparecimento de Eduarda Herrera de Mello, nove anos, se tratava de um sequestro e assassinato, a família ainda segue em busca de respostas sobre o que motivou o crime e quem o cometeu. Até o momento, a única informação revelada pela Polícia Civil é o retrato falado de um suspeito do sequestro e de que a menina morreu por afogamento. A Justiça decretou sigilo das investigações.
A delegada Andrea Magno, do Departamento Estadual da Criança e do Adolescente (Deca), afirma que a polícia "trabalhou todo o final de semana no caso", mas que não pode dar detalhes. Ela não adiantou qual linha de investigação do inquérito e nem se já há suspeitos identificados.
Uma força-tarefa com investigadores de outras delegacias está trabalhando no caso. Há mobilização de policiais do Deca, da Delegacia de Homicídios de Alvorada, onde o corpo foi localizado, e do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).
A menina foi sequestrada no bairro Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre, enquanto andava de roller com amigas nas proximidades de casa, por volta das 20h45min do dia 21. Mais de 10 horas depois, já na manhã do dia 22, o corpo foi localizado por um homem que havia parado para urinar na RS-118, em Alvorada.
O caso gerou comoção de moradores do Rubem Berta, que denunciaram uma sequência de supostas tentativas de sequestro de bebês e acusavam a polícia de esconder as informações. Em um dos protestos, uma delegacia foi cercada por moradores. Eles acreditavam que um suspeito de tentar sequestrar uma criança estava sendo mantido nas dependências do prédio.
O chefe de Polícia do Rio Grande do Sul, Emerson Wendt, esclareceu na última sexta-feira (26) que 13 registros de boletins de ocorrência foram feitos após o caso Eduarda e que, até o momento, nenhum deles se confirmava.