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Mais velha de quatro irmãos, Lana Tarsila dos Santos, 27 anos, tinha relacionamento desde os 14 com um homem que, segundo a Polícia Civil, é o principal suspeito de matá-la com um tiro na cabeça. O crime aconteceu na noite de quarta-feira (26), dentro da casa da família, em Carazinho, no norte do Rio Grande do Sul. O casal tinha uma filha de 9 anos.
Lana trabalhava como agente comunitária de saúde em Carazinho. Com pouca diferença de idade, Camila de Lima Rodrigues, 26 anos, conta que a irmã era uma pessoa muito alegre.
— Era uma mãe maravilhosa, amava a filha e onde chegava arrancava sorrisos das pessoas — lembra.
Segundo a prima da vítima, a dona de casa Naiane de Lima Borges, 30 anos, Lana estava com o companheiro há 13 anos e os dois tinham um relacionamento complicado:
— Ela era madrinha da minha filha mais nova. Ajudava a cuidar dela e pelo menos uma vez na semana a gente se encontrava. Uma pessoa alegre, que apesar do casamento conturbado, era feliz — diz a prima.
— Ela comentava que ele era um pouco agressivo. Dizia coisas como "se você me deixar eu vou te matar", mas nunca imaginamos que isso poderia acontecer — lamenta a irmã.
De acordo com a delegada Rita de Carli, Lana havia registrado três ocorrências por violência doméstica nos últimos 11 anos.
— Em 2007, a vítima solicitou uma medida protetiva e depois renunciou ao pedido. Outras duas vezes, em 2014 e 2015 ela também procurou a polícia para denunciar o companheiro, mas também renunciou às medidas protetivas — conta a delegada.
A filha do casal foi ouvida pela Delegacia da Mulher da cidade e afirmou que a mãe e o pai discutiam antes do crime. Ela estava no quarto e ouviu os gritos, que precederam um tiro. Em seguida, foi pega no colo pelo próprio pai, que a levou numa motocicleta para a casa de amigos.
Após o crime, os vizinhos acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que levou a vítima ao hospital. O suspeito fugiu e até agora não foi localizado pela polícia. Segundo a delegada, testemunhas ouvidas disseram que o companheiro confirmou que "atirou na cabeça da sua mulher" e não há dúvidas da autoria do crime.
— As provas testemunhais e o histórico do casal são fundamentais para entender o caso. Ainda não sabemos que arma foi utilizada pelo homem. Nesta quinta, fizemos buscas e ele ainda não foi localizado — diz a delegada.